Capítulo XIX

Obras


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Além da morte, a existência reclama continuidade.

Mira-se-nos, então, o espírito nas obras que efetuamos, espelhos que nos refletem.

A memória revigoradora fulge a serviço da consciência, impondo-nos a soma dos efeitos felizes ou infelizes dos atos que esposamos.

Sem possibilidade mais ampla de comunhão segura com a retaguarda, todos os males praticados erigem-se, desse modo, por fardos de sombra a nos vergarem os ombros desfalecentes.

É aí que a injustiça e a crueldade nascidas de nossas mãos retomam-nos o passo, à feição de fantasmas obsessivos.

Recapitulamos, inquietos, todas as fases de nossos erros deliberados, pelos quais o irmão do caminho nos padeceu a intromissão e a exigência…


Todas as obras prejudicadas por nossa deserção ou preguiça ressurgem, junto a nós, pedindo ajustamento.

Ligações dignas, desfeitas por nossa incúria;

filhos a quem sonegamos os cabedais de nossa dedicação construtiva;

tarefas edificantes relegadas ao esquecimento;

propriedades adquiridas na base do furto hábil ou patrimônios impropriamente acumulados em nossa ficha desferem sobre nós azorragues mentais, através da lembrança viva, exigindo-nos a necessária reparação.


Enquanto te encontras ao sol da romagem terrena, atende com fervor aos deveres e encargos que o Senhor te entregou, nos caminhos do mundo, porque a morte amanhã traçar-te-á balanço e somente através do bem constante é que conseguirás responder com valor às inquirições da vida, a fim de que prossigas, sem cativeiro ou remorso, edificando a própria libertação.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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