Capítulo XX

Raio do sol


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Se desejas aprender a lição da indulgência, observa o raio de sol.

Dissipando a treva noturna, desce à Terra, cada dia, recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de serviço e de paz.

Não indaga pelas sombras da furna.

Não teme os vermes que se lhe associam.

Não se queixa da corrente enfermiça que flui do despenhadeiro.

Desce, contente e feliz, à intimidade do precipício, com a mesma radiação com que nutre fontes e flores.

Aquece o sábio e o ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus, com a mesma generosidade, dentro da qual assinala os cimos do Céu.

Ampara a erva daninha e o bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se desdobra, claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais e jardins.

Se a nuvem lhe empana o caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.

Se a tempestade agita o firmamento, aguarda a recuperação da harmonia e volta à missão do amor…


Não te esqueças. O mundo jaz repleto de obstáculos da incompreensão, de tormentos do ódio, temporais de lágrimas, provações e infortúnios.

Aqui, em vales de sombra, medra o escalracho da discórdia, ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões.

Além, multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da penúria e da crueldade, e mais além, destacam-se, agressivos e contundentes, largos espinheiros de intolerância…

Não perguntes, porém, pelos impedimentos prováveis. Não relaciones as inquietações da marcha.

Recorda que o Cristo é o Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável no bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom imperecível da luz e a graça do perdão.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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