Capítulo V

O recurso


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Começaste o dia recebendo a visita de um amigo, a falar-te da leviandade de um parente que te acusou por faltas que não cometeste.

Para logo te desmandaste na irritação e na revolta.


Em seguida, vieram as compras, segundo a lista de encomendas que formulaste na véspera.

Alguns artigos, no entanto, não chegaram nas condições esperadas e, sem qualquer hesitação, devolveste o material recebido com ásperas reclamações.


Logo após, observaste que o vizinho, involuntariamente, provocou pequeno defeito no sistema de esgotos, prejudicando-te o banheiro, por alguns minutos.

De imediato, chamaste às contas o amigo da vizinhança, admoestando-o com severidade agressiva, sem ao menos aceitar-lhe o pedido de desculpas, enunciado com humildade.


Não passou muito tempo, notaste que a governanta não efetuara a limpeza da casa, conforme as minudências de tuas instruções.

E à frente da senhora que te serve com atenção à vida familiar, dirigiste a ela um sermão esbrazoado de exigências.


Assim atravessaste as horas, lastimando a vida, gritando contra determinadas pessoas, maldizendo parentes, criticando, condenando, ironizando e ferindo aos que te rodeiam.


Em sobrevindo a noite, trazias o corpo abatido, como que vergastado por farpas invisíveis.

Clamaste contra a doença e te declaraste com os nervos destrambelhados.


Por fim, em certo momento, pediste chorando para que alguém te descobrisse um remédio ou um recurso contra as tuas angústias e contrariedades, amarguras e desesperações…

É por isso que estamos aqui a rogar-te com respeito:

— Experimenta o perdão.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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