Justiça Divina

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Capítulo VII

Infinito amor


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Reunião pública de 10-2-1961.

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Diante daqueles que suponhas transviados, mesmo que se entremostrem cegos no crime, não te confies à maldição.

Nessas horas difíceis, indagas, de ti próprio, onde a grande razão pela qual Deus tolera semelhantes abusos.


No entanto, se a inquietação te invade, pensa em teu próprio filho, ao surgirem problemas…

Se notas infelizes lhe assinalam o estudo, sabes dar-lhe na escola o curso repetido ou transferes o exame para segunda época.

Se foge à profissão, diligencias sempre atividades novas, para vê-lo correto e ajustado ao dever.

Se aparece doente, angarias remédio, restaurando-lhe as forças.

Se o vício lhe corrompe as fibras da consciência, não lhe cortas os braços, mas buscas na vida os meios necessários para que se reeduque.

Se comete erro grave, não lhe queres a morte, porquanto sentes que a compaixão te sugere outros campos de serviço e de emenda.


Ainda nas circunstâncias em que o mal te pareça abarcar toda a Terra, pensa no Amor Divino, que sustenta as estrelas e alimenta os insetos, a fim de que percebas, vibrando em toda a parte, os apelos constantes do perdão e do auxílio.

Compreenderás, então, que a falta de alguém, hoje, pode ser nossa falta, igualmente amanhã. E ao notarmos que nós, Espíritos falíveis, conseguimos amar, embora a imperfeição que nos tisna de sombra, saberemos por fim que Deus é sempre amor, sempre Infinito Amor, na Justiça da Lei.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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