Justiça Divina
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Reunião pública de 1-12-1961.
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Os Espíritos Puros desempenham missões gloriosas; contudo, embora as imperfeições que ainda nos assinalam, todos temos função pessoal e intransferível nas engrenagens do mundo.
Não te afirmes à margem, nem te dês por inútil.
Não alegues impedimento, nem desertes da atividade que a vida te reservou.
Repara as lições que vertem, silenciosas, do livro da natureza.
Se os vermes parassem de trabalhar, por se reconhecerem insignificantes, o solo ressecar-se-ia, infecundo, incapaz de solucionar os problemas humanos.
Se as sementes invejassem a posição das árvores maduras e generosas que lhes presidem à espécie, desistindo, por isso, do esforço obscuro na germinação e no crescimento, em pouco tempo a esterilidade anularia os recursos da Terra.
Se as papoulas deixassem de produzir, revoltadas contra aqueles que lhes deturpam a essência nos mercados de ópio, deixariam de aliviar as dores do enfermo desesperado.
Se as fontes singelas fugissem de sustentar os grandes rios e as grandes represas, a pretexto de se notarem humildes, ante as grossas correntes que lhes formam a imensidade, o homem não contaria com esse ou aquele maior cabedal de força.
Honremos o posto de ação em que fomos localizados.
Diante da Lei, não há serviço aviltante.
As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras que preparam a mesa.
Os braços que conduzem arados são apoios daqueles outros que movem as máquinas poderosas.
Suor na indústria é sustento de todos.
Asseio na rua é proteção à comunidade.
Não vale amontoar rótulos passageiros, nem atabalhoar-se com muitos compromissos ao mesmo tempo. Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer.
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