Linha Duzentos
Versão para cópiaBens da vida
Todos os bens do Universo essencialmente pertencem a Deus que no-los empresta, — a nós criaturas de Seu Infinito Amor —, para que venhamos a assimilar com eles os valores da evolução. Bens que foram estabelecidos para a segurança de todos. Talentos que se destinam a engrandecer a vida em todas as direções.
Toda vez, portanto, em que nos apropriamos indebitamente do supérfluo, abraçando as sugestões do abuso e da violência, geramos perturbações e desastres que carreiam consigo o jugo asfixiante da provação.
Vejamos quanto ameaçaríamos a estabilidade e o valor dos bens inabordáveis ao nosso controle humano.
Se o ar puro fosse submetido a racionamento, decerto não nos pejaríamos de confiar as regiões menos simpáticas ao nosso modo de ser à sufocação e à esterilidade; se governássemos o curso livre das águas, indiscutivelmente, estenderíamos o deserto; e se a luz solar estivesse mantida sob o nosso arbítrio imperfeito, ampliaríamos demasiadamente qualquer desequilíbrio ecológico.
Não olvides que o próprio sangue em teu corpo, se não circula em plenitude de harmonia, converte-se, de improviso, em fator de perturbação e doença.
Aprende a dar do que tens e reténs para que te faças apoio às bênçãos de Deus no mundo.
Não apenas a cobiça de recursos amoedados torna o homem indigno do progresso, mas também a sovinice da virtude gera os tormentos da penúria moral, tanto quanto a avareza da inteligência cria os monstros da ignorância.
Hoje, amanhã e sempre, não te esqueças de honrar à vida distribuindo sabiamente os bens com que a vida te honra, porque somente trabalhando e aprendendo, servindo e auxiliando sem descansar, é que encontraremos em nós mesmos o luminoso trilho de acesso à União com Deus.
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