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Capítulo XVI

Tenhamos compaixão


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Se a compaixão te inspira a conduta diária, todo o clima da experiência se te ilumina ao redor dos próprios passos.

A malícia, diante da piedade, silencia desencantada, sem destruir a plantação da esperança.

A tibieza, à frente da compreensão, buscará renovar-se, transformando-se na fortaleza moral com que amanhã se fará o sólido alicerce da segurança de muitos.

A falta de alguém, perante a bondade com que se lhe apara o golpe, converte-se em lição promissora, em favor daquele que a perpetra, porque os erros que recebem o socorro espontâneo da caridade se fazem advertências e corretivos, reajustando o caminho de quantos lhes albergam a sombra.

O próprio delito, diante da oração, surge metamorfoseado em arrependimento reconstrutivo nas consciências que se enlearam nas malhas da culpa.

Se tiveres compaixão, serás amparo em qualquer necessidade alheia à feição de alavanca de luz soerguendo a vida por onde passes.

Muitos se comovem com o doente do corpo, caído por alguns instantes na praça pública, entretanto, se revelam impassíveis, quando se trata de estender o fogo da incompreensão no qual se torturam vidas preciosas.

Muitos se alarmam com os desastres da rua, em que vítimas infortunadas deitam sangue e suor, através das feridas provisórias que lhes assaltam o corpo, no entanto, não se pejam de agravar os problemas dos outros pelo rigor da atitude ou do verbo com que avinagram corações amigos e flagelam almas nobres, situando-as em frustração, às vezes, até a morte.

Usa para o próximo, a compaixão que Jesus tem usado largamente para conosco, porque somente assim respiraremos no clima do grande perdão recíproco, sem o qual jamais atingiremos a verdadeira felicidade.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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