Novo Mundo
Versão para cópiaEntrevista ao jornal “O Espírita Mineiro”
(“O Espírita Mineiro”; Belo Horizonte, Minas — set/dez. 1978).
— Os Amigos da Espiritualidade consideram a realização com o melhor otimismo, desde que o óvulo fertilizado em proveta por autoridades competentes, para implantação no claustro feminino, revele senso de maturidade espiritual na mulher que assume a maternidade consciente, em plenitude de responsabilidade ante a vida que passa a acalentar no regaço próprio.
Sim, porque, enquanto o homem estiver socorrendo a mulher que aspira a ser mãe, aceitando voluntariamente os encargos decorrentes dessa tarefa, a Ciência terrestre estará colaborando com a natureza amparando-lhe os processos de autopreservação.
— O homem cumpre um dever cooperando com a natureza nesse sentido, abstendo-se de experiências extravagantes que não teriam razão de ser.
Aliás, a Divina Sabedoria oferece ao homem determinados recursos de evolução que o próprio homem se vê impulsionado a aperfeiçoar.
Descoberto o fogo, a inteligência terrestre esmerou-se em aprender como aproveitá-lo.
Conquistada a força elétrica, a Ciência, até agora, ainda lhe estuda os efeitos e aplicações.
— Uma dessas razões, mais que justas, será observar na mulher a disposição à maternidade, atendendo mais à ação que ao instinto.
Outro motivo para desejarmos todos amplos sucessos nessas experiências, será a diminuição nos processos de aborto nos quais milhares de criaturas se empenham a débitos complicados, prejudicando amigos desencarnados em vias de novo nascimento no Plano Físico e prejudicando a si mesmas.
— Quando destacamos a excelência da colaboração humana na gênese do corpo, com a fertilização do óvulo feminino em proveta, a fim de que o ovo seja entregue à nidação no claustro materno, não nos reportamos aos experimentadores cruéis, capazes de provocar fenômenos teratológicos, de vez que semelhantes inteligências, conforme esperamos, serão controladas pelas autoridades chamadas a legislar no relacionamento entre as criaturas.
— A Ciência indiscutivelmente poderá chegar até lá, no entanto, por muito tempo ainda, será prudente permanecer o homem no aperfeiçoamento da fertilização do óvulo para a condução do ovo ao ninho maternal.
Nesse sentido é muito provável vejamos na Terra as amas de gestação, como já se conhecem as amas de leite ou as amas guardiãs da criança.
Observando-se o assunto, nas implicações remotas que ele envolve, as amas de gestação deverão ser, decerto, submetidas a testes de afinidade, saúde, empatia e resistência física, antes de se lhe contratarem os serviços atinentes à formação dos nascituros. Isso é mais que natural, sem que haja qualquer diminuição do amor entre pais e filhos.
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