Novo Mundo

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Capítulo III

Chico Xavier e o ano internacional da criança

(Transcrito do SEI, n° 589 — “O Espírita Mineiro”, Belo Horizonte, Minas — jul./set. 1979).

“— Acreditamos que esta legenda é um convite mais acentuado a nós todos que estamos encarnados no Planeta Terrestre, a que abramos os olhos para compreender a condição do Espírito que reinicia ou que inicia os seus passos na viagem da existência física.

“Acreditamos que vamos, nós todos, com esta legenda — Ano Internacional da Criança — acordar o coração para o dever que nos cabe junto aos nossos pequeninos, especialmente quanto às mulheres, às quais foi confiada a chave da vida.

“Então, o espírito da maternidade, tão sublimado quanto possível, não do ponto de vista da santificação compulsória, mas de compromissos aos deveres assumidos, imaginemos, por exemplo, determinada mãe, muito jovem, com possibilidades de criar seu filho, com a robustez necessária, que peça os serviços de uma ama para acalentar ou nutrir a criança, subtraindo-se da presença da criança e fugindo ao diálogo com ela.

“Não estamos julgando ninguém, mas acreditamos que nós todos, aqueles que nascemos de mães extremamente pobres no mundo material, tivemos o suficiente amor para crescer bendizendo o nome de Deus, e para não perdermos o nosso sentido de fé numa vida melhor, embora estejamos carregando, como sempre, muitas imperfeições.

“Então, nossas irmãs de hoje, enriquecidas pela civilização, por patrimônios materiais, se pudessem fazer isto (não temos a menor ideia de desprestigiá-las), achamos que teríamos grandes vantagens em nos ajustar ao espírito de proteção à criança de que nós todos estamos necessitados, para não perder um futuro melhor. Porque Deus determina e cria, mas o homem e a mulher são cooperadores de Deus.”


“— Acreditamos que o compromisso sexual entre duas pessoas deve ser profundamente respeitado. Uma terceira pessoa em qualquer compromisso sexual é uma dificuldade a superar, porque não podemos esquecer que a lesão sentimental é, talvez, mais importante que uma lesão física. E alguém que prometeu amor a alguém deve se desincumbir deste compromisso com grandeza de pensamento e sem qualquer insegurança. Não compreendemos a promiscuidade. Mas entendemos perfeitamente o relacionamento de alma para alma, com o respeito que nós todos devemos uns aos outros.”


“— Não entendemos o vício como sendo um problema de criminalidade, mas como um problema de desequilíbrio nosso, diante das leis da vida.

“E isto não apenas no terreno em que o vício é mais claramente examinado.

“Por exemplo: se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero.

“Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir.

“Quando falamos a palavra vício habitualmente logo nos recordamos do sexo.

“Mas do sexo herdamos nossa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família. Tudo isto recebemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo-nos logo do sexo e do tóxico…

“Mas tóxico é outro problema para nossos irmãos que se enfraqueceram diante da vida, que procuram uma fuga.

“Não são criminosos. São criaturas carentes de mais proteção, de mais amor.

“Porque, se os nossos companheiros enveredam pelo caminho do tóxico, eles procuram esquecer algo.

“E esse algo são eles mesmos.

“Então, precisávamos, talvez, reformular nossas concepções sobre vício.

“Há pouco tempo perguntamos ao Espírito de Emmanuel como é que ele definia um criminoso.

“Ele nos disse: — O criminoso é sempre um doente, mas se ele for culpado, só deve receber esse nome depois de examinado por três médicos e três juízes.”


“— Pensamos com aquela assertiva do nosso André Luiz, que é um Mentor que todos nós respeitamos: Se cada um de nós consertar por dentro tudo aquilo que está desajustado, tudo por fora estará certo.”


Francisco Cândido Xavier
Emmanuel


Esta entrevista foi igualmente reproduzida pela UEM e é a 13a lição da 4a parte do livro “.”



Francisco Cândido Xavier


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