Opinião espírita

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Capítulo XXVIII

Benevolência


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Traduzindo benevolência por fator de equilíbrio, nas relações humanas, vale confrontar as atitudes infelizes como os obstáculos pesados que afligem o espírito, na caminhada terrestre.

Aprendamos a sinonímia de ordem moral, no dicionário simples da natureza:

Crítica destrutiva — labareda sonora.

Azedume — estrada barrenta.

Irritação — atoleiro comprido.

Indiferença — garoa gelada.

Cólera — desastre à vista.

Calúnia — estocada mortal.

Sarcasmo — pedrada a esmo.

Injúria — espinho infecto.

Queixa repetida — tiririca renitente.

Conversa desnecessária — vento inútil.

Preconceito — fruto bichado.

Gabolice — poeira grossa.

Lisonja — veneno doce.

Engrossamento — armadilha pronta.

Aspereza — casca espinhosa.

Pornografia — pântano aberto.

Despeito — serpente oculta.

Melindre — verme dourado.

Inveja — larva em penca.

Pessimismo — chuva de fel.

Espiritualmente, somos filtros do que somos.

Cada pessoa recebe aquilo que distribui.

Se esperamos pela indulgência alheia, consignemos as manifestações que nos pareçam indesejáveis e, evitando-as com segurança, saberemos cultivar a benevolência, no trato com o próximo, para que a benevolência nos seja auxílio incessante, através dos outros.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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