Opinião espírita

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Capítulo XXXIII

Santidade de superfície


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Muitos companheiros da convicção espírita costumam afirmar que:

estão imbuídos de fé ardente, mas os inquisidores do passado que acendiam fogueiras pela imposição do “crê ou morre” também a possuíam;

cultivam ilimitada cautela para não tombarem no erro, mas todos os religiosos que desertam da luta humana alegam prevenção contra o pecado para fugirem das obrigações sociais;

adotam a tolerância invariável para com tudo, de modo a estarem completamente bem com todos, mas ao que nos parece, a História indica que o iniciador do comodismo perfeito, na edificação cristã, foi Pilatos, o juiz, que preferiu não examinar a grandeza de Jesus, a fim de não ter, nem sofrer problemas;

agem unicamente sob o móvel das boas intenções e que, por isso mesmo, não concordam com disciplina de método na prestação da caridade, mas todos os que complicam as vidas alheias, a pretexto de fazerem o bem, na hora do desastre, asseveram chorando que se achavam impelidos pelos mais puros intentos;

obedecem apenas aos impulsos do coração, mas os penitenciários, quando inquiridos sobre a motivação das faltas que os fizeram cair na criminalidade, esclarecem, de modo geral, que atenderam tão só aos ditames do sentimento;

consideram, de maneira exclusiva, o burilamento do cérebro, mas do ponto de vista da inteligência hipertrofiada no orgulho, todos os promotores de guerra, formaram e ainda formam entre as cabeças mais cultas da Humanidade…

Os companheiros da seara espírita, no entanto, sabem com Allan Kardec que o espírita é chamado a usar confiança e zelo, indulgência e bondade, pensamento e emoção, aliando equilíbrio e fé raciocinada, na base da reforma íntima, com serviço incessante aos outros.

Por esse motivo, efetuando a própria libertação e amparando a libertação dos semelhantes das cadeias mentais forjadas na Terra em nome da santidade de superfície, o espírita verdadeiro é conhecido por seu devotamento ao bem de todas as criaturas, e pela coragem com que dá testemunho da sua transformação moral. ()




(Psicografia de Waldo Vieira)



André Luiz
Francisco Cândido Xavier


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