Opinião espírita

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Capítulo XXXIV

Equilíbrio sempre


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O Evangelho segundo o Espiritismo—

Todos somos chamados, de vez em vez, a administrar a verdade, aqui e ali, entretanto, a verdade, no fundo, é conhecimento e conhecimento solicita dosagem para servir.

Necessário instituir a civilização, entre os companheiros ainda empenachados na selva.

Para isso, não começaremos por traze-los à discussão, em torno da relatividade, mas também, a pretexto de angariar-lhe a confiança, não nos cabe exalçar a antropofagia que nos caracterizava os avós.

Indispensável estender instrução à criança. Não encetaremos, porém, semelhante trabalho, sentando-a num anfiteatro, destinado ao ensino superior, mas também, sob a alegação de conquistar-lhe o interesse, não lhe permitiremos um bisturi nas mãos frágeis.


Contemplando hoje a paisagem na qual se estruturou a organização da Doutrina Espírita, com a serenidade de quem examina um quadro admirável, após a formação de todas as minudências que o integram, reconhecemos a superioridade dos Espíritos sábios e magnânimos que orientaram a Codificação do Espiritismo, estudando-lhes a presença na obra de Allan Kardec.

Eles induzem o inesquecível missionário à observação das mesas girantes e à pesquisa dos fenômenos magnéticos, entretanto, em momento algum, fogem de salientar as finalidades morais do intercâmbio entre encarnados e desencarnados.

Permitem-lhe aceitar o apoio de amigos prestigiosos para o rápido lançamento dos volumes que lhe competia editar, em tempo reduzido, todavia, em tópico nenhum, arrastam o ensinamento espírita às inclinações e paixões de natureza política.

Concordam em que se recorra a certas imagens da teologia em voga, contudo, em nenhum lugar, preconiza ritualismo e superstição, em nome da fé.

Inspiram-lhe carinhoso respeito e profunda gratidão por todos os médiuns que lhe prestaram concurso, no entanto, a título de auxiliá-los ou de garantir-lhes a subsistência, não endossam qualquer aprovação à mediunidade remunerada.


Todos encontramos aqueles que se valem das nossas possibilidades de informação e esclarecimento, no tocante às verdades do espírito, entretanto, para agir acertadamente, recordemos o exemplo dos instrutores da Vida Maior, nos primeiros dias do Espiritismo.

Tolerar acessórios, sem transigir com o essencial.

Dosear a verdade, sem estimular a mentira.

Amparar o bem sem encorajar o mal.

Compreensão nobre, mas equilíbrio sempre.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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