Opinião espírita

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Capítulo I

Examinemos a nós mesmos


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O Livro dos Espíritos —

O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.

Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.

Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.


Testa a paciência própria:

— Estás mais calmo, afável e compreensivo?


Inquire as tuas relações na experiência doméstica:

— Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?


Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário:

— Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?


Observa-te nas manifestações perante os amigos:

— Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?


Reflete em tua capacidade de sacrifício:

Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?


Pesquisa o próprio desapego:

— Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?


Usas mais intensamente os pronomes “nós”, “nosso” e “nossa” e menos os determinativos “eu”, “meu” e “minha”?

Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?

Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?

Dissipaste antigos desafetos e aversões?

Superaste os lapsos crônicos de desatenção e negligência?

Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?

Entendes melhor a função da dor?

Ainda cultivas alguma discreta desavença?

Auxilias aos necessitados com mais abnegação?

Tens orado realmente?

Teus ideais evoluíram?

Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?

Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?


Evangelho é alegria no coração: — Estás, de fato, mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?

Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!

Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.

Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.

Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.

Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil…




(Psicografia de Waldo Vieira)



André Luiz
Francisco Cândido Xavier


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