Palavras do Infinito
Versão para cópiaCAPÍTULO 25
Sombra
Quem só tem alma para oferecer No mundo, é um coração ermo e faminto. . .
A incompreensão é amarga como absinto, Roubando a vida, envenenando o ser.
Todo o mal do idealismo é conhecer As forças antagônicas do instinto No coração – vesúvio nunca extinto – Insaciado no amor e no prazer.
Todos aqueles que me conheceram Na senda da ilusão e fantasias, Chorem comigo pelo que sou!
Sou a sombra dos sonhos que morreram, Contemplando nas ruínas mais sombrias O meu castelo que se espedaçou.
Hermes Fontes
(Soneto recebido em Pedro Leopoldo a 24 de julho de 1935)
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