Palavras do Infinito
Versão para cópiaCAPÍTULO 27
Nossos Mortos
Os que se vão nas mágoas e na poeira Dos caminhos da morte soterrados, Levam consigo a imagem derradeira, A visão dos seus mortos bem amados.
Mortos que ai ficaram na canseira, Nos trabalhos do mundo acorrentados, Padecentes de dor e de cegueira Nos maiores tormentos flagelados. . .
Aqueles que amei nunca os esqueço, É por eles que sofro e que padeço Numa longa saudade introduzida;
Eu os espero na luz da eternidade, Mas, ó seres que eu amo, esta saudade É o cinamomo em flor desta outra vida!. . .
Alphonsus de Guimarães (soneto recebido em Pedro Leopoldo)
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