Palavras do Infinito

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CAPÍTULO 39

Emmanuel fala-nos sobre a Medicina dos homens e o problema angustioso das guerras.

—A máxima de Juvenal continua de pé - A necessidade, para extinção das guerras, da renovação das diretrizes econômicas dos povos - O imperativo da mais intensa educação pessoal e coletiva – Guerra, consequencia natural dos defeitos das leis humanas

Pedro Leopoldo, 16 (Especial para O GLOBO, por Clementino de Alencar) – Ocupar-nos-emos hoje de algumas respostas dadas por Emmanuel a indagações a respeito de guerras e da medicina da Terra.


Sobre este último ponto a pergunta feita era esta: "Como encaram os espíritos a Medicina da Terra?"
O sagrado sacerdócio

Dados a atividade de certos "médiuns" que se dedicam à cura de males físicos, e os conflitos que, não raro, se estabelecem entre os processos da Medicina espírita e os da terapêutica terrena, a resposta apresenta-se interessante, sobretudo, pelo esclarecimento que, de certa forma dá, sobre a razão e as possibilidades daqueles métodos mediúnicos de cura e o benefício que deles porventura resulta para o doente.

Tal esclarecimento, entretanto, nós apenas o podemos deduzir da resposta, pois é digno de ressaltar-se que, nele, Emmanuel, ao contrário do que se poderia supor, não faz pròpriamente defesa alguma exclusiva da Medicina espírita. Limita-se a expor um ponto de vista sobre o problema dos mais terrenos, exaltando mesmo nessa esfera as atividades dos médicos da Terra, nas quais aponta um "sagrado sacerdócio. " E detendo-se um momento em traçar a observação acima, o repórter não teve outro intuito que o de mais uma vez significar a isenção com que resolutamente se lançou nesta reportagem em torno do "médium" de Pedro Leopoldo.

Agora passemos à resposta.


Trabalho santificante e abnegação redentora

A resposta de Emmanuel à indagação acima é a seguinte: "A Medicina no quadro das ciências é uma das maiores benfeitoras da humanidade; no seu seio não são poucos os espíritos que se têm dignificado pelo trabalho santificante e pelas abnegações redentoras.

Digna de todo acatamento é lícito esperar-se dela muito das realizações em favor dos que na Terra lutam e laboram pela conquista do aperfeiçoamento.

É uma questão de dar-se tempo ao tempo. Paulatinamente ela resolverá muitos dos mais intrincados problemas de microbiologia no seu objetivo de conservar a saúde humana.

É pena que os sistema medicinais se digladiem tanto na exposição de seus processos de cura; todos eles apresentam suas vantagens e o que é mais necessário a quantos aceitam os seus postulados é encararem sua posição como decorrente de um sacerdócio muito sagrado.


Micróbios e elementos de ordem espiritual

É verdade que grande número de moléstias constituem enigmas dolorosos para a ciência dos homens, não obstante o avanço dos compêndios nosológicos, É que os micróbios patogênicos se associam a elementos subtilíssimos de ordem espiritual.

Um problema, grandioso demais pela sua transcendência, afronta os conhecimentos científicos – o das provações individuais, necessárias ao aprimoramento psíquico de cada um.


Relacionando enfermidades do corpo e da alma

Daí se infere a vantagem que adviria para os processos medicinais - se a terapêutica espiritual estivesse sempre unida a quaisquer sistemas de cura. As enfermidades do corpo obedecem geralmente às enfermidades da alma; os tratamentos que a esta fossem aplicados o seriam em identidade de circunstâncias ao veículo das suas manifestações.

Aconselharíamos pois à Medicina em geral a intenficação dos processos magnéticos de cura, a sugestão e sobretudo a disciplina da mente, força central e coordenadora dos fenômenos vitais. A mente educada representa a maior fonte de auxílios a "es medicatrix", elemento regenerador de todas as funções do organismo.








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