Parnaso de além-túmulo

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Capítulo XXXIII

Ignácio José de Alvarenga Peixoto

Ignácio José de Alvarenga Peixoto, um dos malogrados poetas da “Conjuração Mineira”, ao qual foi imposta a pena de degredo perpétuo na África, onde veio a falecer em 1793, “minado pela nostalgia”.


REDIVIVO

Divina lira,

Musa que inspira

Meu coração

A relembrar…

Celebra, amena,

A vida plena,

A paz sublime,

A luz sem par.


Volta, de novo,

Ao grande povo

Que não me canso

De estremecer;

Revela, ainda,

A Pátria linda

Que faz vibrar

Todo o meu ser.


Exalça agora

A nova aurora

Que brilha cheia

De amor cristão.

O mundo em prova

Que se renova

Espera o dia

De redenção.


Une-te ao canto

Formoso e santo

Que flui soberbo,

Sepulcro além…

Lira divina,

Louva a doutrina

Da liberdade

No eterno bem.


Dize a grandeza

Da glória acesa

Na vida excelsa

Que a dor produz.

Proclama à Terra

Que além da guerra

E além da noite

Floresce a luz.


Não mais procures,

Chorando alhures,

Enfraquecer-te

Nas lutas mil.

Canta somente,

Ditosa e crente,

A nova era

Do meu Brasil.




Ignácio José de Alvarenga Peixoto
Francisco Cândido Xavier


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