Seara dos Médiuns

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Capítulo XII

Na mediunidade

Reunião pública de 12 de Fevereiro de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela.

A ação do instrumento varia conforme a atitude do servidor.

A produção revela o operário.

A pena mostra a alma de quem escreve.

O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige.


O lavrador tem a enxada, entretanto…

Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.

Se delinquente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.

Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.


O legislador guarda o poder; contudo, através dele…

Se irresponsável, estimula a desordem.

Se desonesto, incentiva a pilhagem.

Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.


O artista dispõe de mais amplos recursos da inteligência; todavia, com eles…

Se desequilibrado, favorece a loucura.

Se corrompido, estende a viciação.

Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à virtude.


Urge reconhecer, no entanto, que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina realmente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.


Assim também na mediunidade. Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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