Seara dos Médiuns

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Capítulo XX

Eles também


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Reunião pública de 11 de Março de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Compadece-te dos médiuns de todas as procedências, mas, notadamente, daqueles que abraçam no serviço a estrada do aprimoramento e da redenção.

Sabes que a existência te pede o exato desempenho das próprias obrigações.

Eles também.


Compreendes que é preciso disciplinar o tempo, a fim de que não caias no descrédito de ti mesmo.

Eles também.


Não estimarias explorar a bolsa alheia, quando podes e deves viver à custa do próprio esforço.

Eles também.


Não ignoras que tentarias, debalde, ensinar a outrem o acesso à virtude sem base no bom exemplo, começando na tua própria casa.

Eles também.


Sofrerias, decerto, se alguém te exilasse do trabalho digno, lançando-te à zombaria e ao desapreço.

Eles também.


Não podes dar o tempo todo ao ideal, porquanto não te encontras livre de compromissos ante as rotas humanas.

Eles também.


Vives num corpo, suscetível de queda na enfermidade, muita vez carecente de remédio e socorro e sempre necessitado de higiene e alimentação.

Eles também.


Percebendo que não podes satisfazer irrestritamente e reconhecendo que a construção do bem é sementeira e seara de todos, agradeces, feliz, a desculpa espontânea do próximo, diante de tuas faltas involuntárias.

Eles também.


Ajudemos aos companheiros da mediunidade em nossos templos de confraternização e de amor.

Qual nos acontece, eles também trazem consigo as raízes profundas do pretérito sombrio, afrontados por enigmas do sentimento a lhes desafiarem a fé.

Eles também são seres humanos, em conflito consigo mesmos.

Também lutam.

Também choram.

Também erram.

Também sofrem.


Como nós mesmos, não precisam de elogios e homenagens, mas sim de apoio e compreensão para que venham a caminhar entre sombras menores, já que todos nós, encarnados e desencarnados, em atividade na Terra, respiramos ainda muito distantes da Grande Luz.

Auxiliemo-los, assim, na execução dos próprios deveres, dentro dos moldes da disciplina e da ordem, do trabalho correto e do respeito à consciência tranquila, que desejamos para nós mesmos, porque o fruto perfeito não é obra sublime apenas da vigilância e da obediência da árvore, mas também do carinho e da paciência que brilham nas mãos do cultivador.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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