Seara dos Médiuns

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Capítulo LXXI

Inspiração


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Reunião pública de 26 de Setembro de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Em qualquer consideração sobre a mediunidade, não te esquives à inspiração, campo aberto a todos nós e no qual todos podemos construir para o bem, assimilando o pensamento da Esfera Superior.

Não vale fenômeno sem proveito.

Um homem que enxergasse, num vale de cegos, sem diligenciar qualquer auxílio aos irmãos privados da luz, não passaria de uma lente importante, entregue a si mesma.

Aquele que conversasse numa província de mudos, fugindo de prestar-lhes concurso na reconquista da fala, assemelhar-se-ia tão somente a uma discoteca ambulante.

Quem se locomovesse à vontade, numa terra de paralíticos, negando-lhes apoio para que readquirissem a herança do movimento, seria para eles uma ave rara e anormal, agindo em forma humana.

A pessoa que ouvisse, numa ilha de surdos, desertando da cooperação fraterna para que reaprendessem a escutar, seria apenas uma registradora de sons.

A criatura que ensinasse lógica e conduta numa colônia de alienados mentais e não procurasse um meio, ainda que simples, de amparar-lhes o retorno à razão, estaria, entre eles, como arquivo de máximas inassimiláveis.

Não te asseveres incapaz de servir, porque te falte mais ampla incursão no inabitual,

Recurso psíquico, sem função no bem, é igual à inteligência isolada ou ao dinheiro morto, excelentes aglutinantes da vaidade e da sovinice.

De toda ocorrência, observa o préstimo.

E certos de que o pensamento é onda de força viva que nos coloca em sintonia com os múltiplos reinos do Universo, busquemos a inspiração do bem para o trabalho do bem que nos compete, conscientes de que as maravilhas mediúnicas, sem atividade no bem de todos, podem ser admiráveis motivos a preciosas conversações entre os esbanjadores da palavra, mas, no fundo, são sempre o exclusivismo de alguém, sem utilidade para ninguém.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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