Seara dos Médiuns

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Capítulo LXXIV

Eles sabem


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Reunião pública de 10 de Outubro de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Quando à frente do companheiro que sofre, determina a verdadeira superioridade moral te imagines no lugar dele, a fim de que a tua palavra lhe sirva de refrigério e lição.

Excetuando as criaturas deliberadamente enfurnadas na ignorância ou bestializadas no crime, que reclamam a compaixão da Providência Divina, ninguém se aprisiona em armadilhas do erro, agindo de própria vontade.

Aqui, alguém abraçou a delinquência, admitindo que afeto seja capricho.

Ali, há quem padeça escárnio na praça pública, por haver acreditado cegamente naqueles que lhe zombaram da confiança.

Perante os que lutam e choram nas consequências das próprias quedas, sejam encarnados ou desencarnados, arma-te de humildade e entendimento se aspiras a auxiliar.

Convence-te, sobretudo, de que o necessitado é o primeiro a conhecer-se.


O doente sabe em que ponto do corpo se lhe encrava a enfermidade e não aguarda acusações porque se desgoverna nos momentos de crise.

Pede socorro e medicação.


O mutilado sabe que peça lhe falta no carro orgânico e não aguarda acusações porque exibe forma imperfeita.

Pede auxílio e recurso.


O faminto sabe que tem o estômago torturado e não aguarda acusações porque se aflige em descontrole.

Pede um prato de pão.


O sedento sabe que carreia consigo o tormento da secura e não aguarda acusações pelos esgares que mostra.

Pede um copo de água fria.


Assim também, os que tombaram na culpa conhecem, por si mesmos, o labirinto de sombra em que jazem situados e não aguardam acusações maiores que as da própria consciência, em se vendo dementados e cegos, humilhados e infelizes.

Diante, pois, do irmão que caiu em remorso e rebeldia, azedume ou desespero, não lhe batas nas chagas.

Se queres efetivamente reajustá-lo, deixa que o teu amor apareça e lhe tanja as cordas do coração.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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