Seara dos Médiuns

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Capítulo XXI

Pequeninos, mas úteis


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Reunião pública de 14 de Março de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Educa-te, e assimilarás a influência das forças espirituais que iluminam.

Serve, e atrairás as forças espirituais que abençoam.

Diante da grandeza do Universo e perante a extensão de nossos próprios erros no passado culposo, todos somos pequeninos, mas podemos ser úteis.

Com vistas, assim, ao trabalho do bem, recorramos a imagens simples da vida para compreendermos, sem qualquer dúvida, a obrigação de servir.


A restauração do enfermo está dependendo de exame decisivo. O diagnóstico está feito. Os sintomas são evidentes.

Mas é necessário que esse ou aquele aparelho de análise, muitas vezes aparentemente de pouca monta, estabeleça a prova conclusiva para a assistência segura.

Para isso, no entanto, é indispensável que o recurso instrumental esteja em perfeitas condições.


O salão, à noite, está lotado por assembleia numerosa, reunida com o objetivo de estudar importantes problemas de enorme comunidade. O temário está pronto. Os planos são precisos.

Mas antes foi necessário se valesse alguém de humilde tomada elétrica, a fim de que a luz se fizesse.

Para isso, no entanto, foi indispensável que a instalação satisfizesse às exigências de sintonia.


O comboio está repleto de personalidades respeitáveis para importante excursão. O programa é correto. O horário está previsto.

Mas é necessário que a pequena alavanca de controle seja acionada para que a locomotiva se ponha em movimento.

Para isso, no entanto, é indispensável que a engrenagem permaneça na harmonia ideal.


Ninguém perderá tempo perguntando se a pipeta do laboratório pertenceu a algum malfeitor, se os fios da eletricidade, alguma vez, passaram inadvertidamente pelo cano de esgoto, ou se o ferro da máquina terá servido, algum dia, em conflitos de sangue e ódio.

Vale saber que, devidamente transformados, se mostram em disciplina para ajudar.

Desse modo, sabendo que todos somos instrumentos chamados à execução do melhor, e cientes de que a mediunidade, nesse ou naquele grau, é patrimônio comum a todos, ponhamo-nos a cooperar na obra do Cristo, Nosso Divino Mestre e Senhor.

Ninguém despreze a bênção das horas, cultivando tristezas inconsequentes ou sombras imaginárias, porque, muito acima dessa ou daquela deficiência que tenha perdurado conosco até ontem, importa hoje a nossa renovação para atender ao bem no lugar exato e no instante certo, porquanto, somente nas atividades do bem para o bem dos outros é que nós garantiremos a vida e a continuidade de nosso próprio bem.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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