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Capítulo XVII

Na travessia da morte


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É na hora solene da morte que todas as recordações da vida sobem à tona da consciência.

Descolchetam-se da memória os quadros que o tempo acumulou, em sua passagem, e as figurações do pensamento, as palavras desferidas e os atos endereçados ao caminho terrestre volvem à visão interior da alma em crise, carreando consigo os efeitos que produziram, segundo a própria espécie.

Vozes brandas e austeras se levantam para bendizer ou amaldiçoar, mãos serenas ou crispadas de dor se erguem para auxiliar ou ferir e imagens múltiplas, traduzindo amor e ódio, devotamento ou desprezo, se sucedem irremovíveis no imo da criatura em prostração, compelindo-a a receber o fruto das próprias obras.

A morte é, por isso mesmo, o retrato da vida.

Cada atitude nossa entre os homens é uma pincelada na tela do destino a esperar nos no limiar do sepulcro, em sua justa coloração.

Cada conflito que improvisamos ser-nos-á deplorável tumulto na mente, [tanto] quanto cada gesto de amor puro erigir-se-nos-á por luz crescente, na travessia do nevoeiro.

Ao invés, [assim,] de temeres a morte, faze da existência a lavoura sublime de bondade e trabalho, auxílio e compreensão, em favor dos que te rodeiam, porque os semelhantes simbolizam tratos do campo que o Senhor nos concede lavrar em socorro de nossas necessidades, na 5ida Eterna, e para o lavrador que se vale do dia, na transformação do próprio amor em fartura de bênção e pão, a noite chega sempre por sombra esmaltada de estrelas, acalentando-lhe o sono e garantindo-lhe o despertar.




A presente mensagem diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada originalmente em 1988 pela IDE e é a 18ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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