Tocando o Barco

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Capítulo VII

Elevação


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Toda elevação na Terra, na paisagem exterior da vida, permanece inçada de perigos e sombras.

Sobe a avareza às culminâncias do ouro para descer, um dia, à desilusão.

Sobe a vaidade aos galarins da exibição para cair nas sombras do desencanto.

Sobe a tirania às grimpas do poder para arrojar-se às trevas do esquecimento.

Sobe a mentira ao topo da dominação indébita para despencar-se no chão da realidade.

Sobe a inteligência sem amor aos cimos do orgulho para desfilar à frente dos entraves gerados por ela mesma.


Raros sabem buscar no mundo a legítima elevação.

A bênção do conforto e da alegria, entre os homens, quase sempre procede do esforço daqueles que se esquecem para servir.

Desce a dor aos recessos do coração humano e arranca a alma renovada para a beleza sublime.

Desce a simplicidade às lutas da pobreza e garante a disciplina que aperfeiçoa.

Desce a humildade a pedregosas sendas de sacrifício e estabelece padrões edificantes para aqueles que a contemplam…

Desce a fé aos sorvedouros do sofrimento e acende luzes na jornada renovadora da vida.

Desce a boa vontade ao silêncio e à compreensão e improvisa feitos heroicos em benefício das criaturas…

Desce o trabalho aos rudes embates de cada dia e deixa a civilização e o progresso, o aprimoramento e a cultura por onde passa.


Se algum dia te dispuseres a subir, segue na trilha do Cristo, suportando a cruz das obrigações retamente cumpridas, para que o teu exemplo se faça lâmpada a brilhar no roteiro do próximo.

Jesus, que era o nosso Divino Mestre, escolheu a suprema renúncia para alcançar a ressurreição. Pensando nisso, se alguma elevação nos propomos a atingir, não procuremos outro caminho.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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