Capítulo XLII

Passo de luz


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Nas tribulações ou discórdias que nos agravem os problemas da vida, recordemos a necessidade de certo donativo, talvez dos mais difíceis na beneficência da alma — o primeiro passo para o reajuste da harmonia e da segurança.

Isso significa para nós um tanto mais de amor, ainda mesmo quando nos vejamos ilhados no espinheiro vibratório da incompreensão.

Por vezes, é o lar em tumulto reclamando a tranquilidade, à face do desentendimento entre criaturas queridas.

Noutras circunstâncias, são companheiros respeitáveis, em conflito uns com os outros.

Em algumas situações, é o estopim curto da agressividade exagerada nesse ou naquele amigo, favorecendo a explosão da violência.

Em muitos lances do caminho, é o sofrimento de algum coração brioso e nobre, mas ainda tisnado pelo orgulho a ferir-se.

Nessas horas, quando a sombra se nos estende à vida, em forma de perturbação ou desafio a lutas maiores, bem-aventurados sejam todos aqueles que se decidam ao primeiro passo da benevolência e da humildade, da tolerância e do perdão, auxiliando-nos na recomposição do caminho.

Onde estiveres, com quem seja, em qualquer tempo e tanto quanto puderes, dá de ti mesmo esse acréscimo de bondade, recordando o acréscimo de misericórdia, que todos recebemos de Deus, a cada trecho da vida.


Alguém nos injuria?

Suportar com mais paciência.


Aparece quem nos aflija?

Disciplinar-nos sempre mais na compreensão das lutas alheias.


Surgem prejuízos?

Trabalhar com mais vigor.


Condenações contra nós?

Abençoar e servir constantemente.


Em todas as situações, nas quais o mal entreteça desequilíbrio, tenhamos a coragem do primeiro passo, em que a serenidade e o amor, a humildade e a paciência nos garantam de novo a harmonia do Bem.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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