Fé, Paz e Amor

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Capítulo XVI

Eutanásia e socorro


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A eutanásia, ainda mesmo quando praticada em nome do amor, será sempre deplorável intromissão da ciência humana nos processos instituídos pela Sabedoria Divina, em favor da recuperação ou do aprimoramento da alma.

Que dizer do artista que nas vésperas do término da obra-prima aniquilasse a peça inacabada, a pretexto de compaixão pelo mármore ferido?

Como interpretar o lavrador que destruísse a árvore benfeitora, pronta a mitigar-lhe a fome, sob a alegação de que o tronco se desenvolveu tortuosamente, em desacordo com a elegância dos demais exemplares da espécie?

A existência na carne é recurso da Providência Divina, a benefício de nosso reajuste, à frente das Leis Eternas.

Muitas vezes, o câncer é o meio de expungir as trevas que povoam o coração, impedindo-lhe maior entendimento da vida.

Em muitas ocasiões, a cegueira irremediável é a restauração da consciência embotada de ontem para o amanhã que lhe sorrirá repleto de luz.

Frequentemente, a lepra do corpo é medicação redentora da alma faminta da paz e do reequilíbrio que apenas conseguirá em se banhando na fonte lustral do sofrimento.

A paralisia e a loucura, o pênfigo e a tuberculose, a idiotia e a mutilação, quase sempre, funcionam por abençoado corretivo, em socorro do Espírito que a culpa ensandeceu ou ensombrou na provação expiatória. Assim sendo, passemos amando e auxiliando aos que nos cercam, na estrada que fomos chamados a percorrer.

Respeitemos a dor como instrutora das almas e, sem vacilações ou indagações descabidas, amparemos quantos lhe experimentam a presença constrangedora e educativa.

Auxiliemos sem perguntar pelos méritos daqueles que se constituirão tutelados de nosso devotamento e carinho, de vez que a todos nós, espíritos endividados e em processo de purificação, diante da Lei, compete tão somente o dever de servir, porquanto a Justiça, em última instância, pertence a Deus que distribui conosco o alívio e a aflição, a saúde e a enfermidade, a vida e a morte, no momento oportuno.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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