À Luz da Oração

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Capítulo LXVII

Oração

A reunião da noite de 9 de junho de 1955 revestiu-se para nós de grande significação.

É que os Benfeitores Espirituais designaram-na como sendo a última para a recepção das mensagens consoladoras e educativas que enfeixam este livro.

Havia, portanto, grande expectativa em nossa pequena assembleia de companheiros encarnados.

Nossas tarefas habituais transcorreram ativas. Grande número de entidades sofredoras, compelindo-nos à interferência em casos tristes e dolorosos.

No encerramento, foi Emmanuel, o nosso amigo de sempre, quem veio até nós, através da palavra direta.

Colocou o médium de pé e, com a expressão que lhe é própria, elevou a Jesus vibrante prece.

Estávamos todos imensamente comovidos.

Chegávamos ao término de sessenta e cinco noites de abençoada atividade espiritual e, com as palavras do querido orientador, o nosso primeiro livro de instruções psicofônicas estava sendo concluído…

Transcrevendo aqui a oração do nosso mentor infatigável, rogamos ao Divino Mestre a felicidade de continuar em nossa tarefa para diante. E, porque nos falta o justo vocabulário para expressar a nossa profunda gratidão aos instrutores e amigos espirituais que nos visitaram, através destas páginas, finalizando as presentes anotações oferecemos a eles os nossos corações reconhecidos.


Senhor Jesus!

Agradecendo-te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito, ainda em súplica, no campo em que nos situaste.

Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana!

Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração. Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.

Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos. Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!

Nos dias de sombra, sê nossa luz! Nas horas de incerteza, sê nosso apoio e segurança!

Mestre Divino! Guia-nos o passo na senda reta.

Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino.

Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.

Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.

Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.

Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia…

Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distração…

Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.

Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.

Faze-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.

Divino Amigo! Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em tua misericórdia, que os nossos olhos se voltem para trás.

Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre. Assim seja.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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