Aceitação e Vida

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Capítulo VII

Aceitação e vida, cap. 7

1. — Amor: ave celeste.

Que a bênção de Nossa Mãe Santíssima nos envolva em sua Divina Luz.

Passa o tempo, mas o amor sempre fica.

Intacto, crescente, sublime, à maneira de ave celeste induzindo-nos à mais alta comunhão com a verdadeira felicidade.

E ainda que as nossas lutas se agigantem e que as nossas tarefas se multipliquem, há sempre lugar e tempo para o amor, que é para o nosso espírito o que a seiva representa na economia da árvore.


2. — Perseverar com Jesus.

Grandes tempestades têm fustigado nossos ideais, bem reconhecemos.

Testemunhos enormes de renunciação têm sido reclamados de nossa alma de mulher, pelas forças da vida.

Graças a Jesus, porém, nossa fé persiste firme e inquebrantável.

Nós, na Espiritualidade, não esperávamos uma atitude diferente. Contávamos com a confiança no Alto e a confiança não falhou.

Roguemos ao Senhor para que esta diretriz não sofra mudanças, para que nosso espírito, mais tarde, em vitória plena, possa ser contado entre aqueles que souberam perseverar com Jesus até o fim.


3. — Motivemo-nos sempre.

Imaginamos as hesitações na hora presente, de virtual transição. Mas, não vacilemos! Admitamos que o trabalho é uma conquista, conquista que não deveremos desprezar. Sabemos que a solidariedade familiar aliada à lembrança dos amigos poderão eximir-nos, durante a viuvez, do esforço na atividade remunerada.

Entretanto, não é o problema da remuneração material que estamos observando, e sim, o imperativo de interesses e motivações para a nossa mente e para o nosso coração, na atualidade.


4. — Libertemo-nos.

A cabeça algemada às recordações angustiosas costuma derrotar as melhores esperanças do coração.

Por isso mesmo todos necessitamos de trabalho que nos enriqueça o campo mental, a fim de que a tristeza e a aflição não nos absorvam a vida. Libertemo-nos, trabalhando e servindo no bem.


5. — Soldados do esforço próprio.

Quaisquer que sejam os problemas que passam agora à nossa frente, continuemos valorosos em nossa luta, abraçados ao serviço que tanto nos dignifica o caminho de mulher. Não nós importa a oficina. Nessa ou naquela, o essencial é que sejamos soldados do esforço próprio, oferecendo à vida e ao mundo a quota de nossa colaboração.


6. — O valioso calmante.

Acompanhando a luta de nossos filhos, peçamos calma ao nosso próprio carinho maternal. Acreditamos que à face de qualquer enigma, compete-nos orar em favor deles, dispondo-nos a ser-lhes úteis em qualquer circunstância. Bastas vezes não se trata de questões solúveis através da palavra, mas sim por intermédio da proteção de Deus e do tempo que é o mais valioso calmante das provações.


7. — O precioso ornamento.

Os filhos adolescentes devem merecer a nossa melhor atenção. Ajudemo-los com os nossos apontamentos afetuosos, indicando-lhes, sem desanimar, os horizontes da felicidade real. Sabemos que nem sempre podemos tudo compreender enquanto a mocidade física inflama a fogueira dos sonhos em nosso coração. Raros sabem e podem ser jovens de corpo e maduros de espírito, ao mesmo tempo. Não podemos, então, esquecer que a paciência é o mais precioso ornamento do coração materno. Aguardemos a passagem dos dias incessantes.


8. — Disciplina e saúde.

Preservemo-nos no tocante à saúde, confiando-nos disciplinadamente ao tratamento indicado.


9. — Recursos de amor.

Formulemos ardentes votos a Jesus para que concluamos os nossos estudos com a eficiência desejada, a fim de que a habilitação necessária nos confira novos recursos de amor no campo profissional.


10. — Alvorada eterna.

Muitas vezes, nossos corações receberam do Senhor um trabalho mais longo, mais vasto, porque mais doloroso e mais sacrificial. Não desanimemos, pois.

Não existe noite sem alvorada e, um dia, alcançaremos com Jesus, a alvorada que não terá noite.


11. — O Espinheiro.

As mãezinhas desencarnadas muitas vezes estão conosco, abraçando-nos preocupadas e aflitas, porque onde haverá sossego para quem recebeu no mundo a coroa de mãe? Eis que nos pedem coragem e serenidade, recomendando-nos muita confiança no Poder Divino, porque o homem de bem, nas tarefas terrenas, vive sempre no espinheiro da responsabilidade e da aflição.


12. — Dever e paz.

Voltemo-nos para as atividades normais, fortalecidos e restaurados.

A maior paz que se pode recolher do mundo é aquela que nasce do dever bem cumprido.

Jesus nos guarde em seu carinho de Irmão da Eternidade.




Margarida
Francisco Cândido Xavier


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