Antologia da Espiritualidade
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Sofres agravo e injúria, a golpes no caminho; Entretanto, alma boa, Se queres carregar as chagas dolorosas Como espinhos de dor, recobertos de rosas, Ama, serve e perdoa. Sofres a ingratidão dos que estimas no mundo, Arde-te o coração em sofrimento e chama, Mas se anseias fazer das lágrimas que choras Estrelas, orações, risos e auroras, Perdoa, serve e ama. Sofres angústias mil pelo ideal que abraças, Na fé que te abençoa; Se desejas, porém, achar na mágoa que te alcança A fonte de água viva da esperança, Ama, serve e perdoa. Sofres acusações indébitas na estrada, Em rajadas de pedra a desfazer-se em lama; Se procuras, no entanto, a paz e a luz da escola. Pela luta do bem, ao fel que desconsola, Perdoa, serve e ama. Em toda provação que o mal te arme na vida, Se buscas transformar a sombra que enodoa Em lições de bondade e canções de alegria, Perdoa, serve e ama, em tudo, dia a dia, E seja com quem for, ama, serve e perdoa. |
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