Antologia da Espiritualidade

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Capítulo XXXVIII

Oração íntima


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Oração íntima

Senhor!… Tu que me deste

Paz e consolo à vida,

Não me dês condição

Para espalhar na vida a sombra da discórdia,

Ou estender na estrada as pedras da aflição…


Tu que acendeste em mim

A luz do entendimento,

Na fé com que me alteias,

Não consintas, Jesus, que eu suprima a esperança

Das estradas alheias.


Tu que me concedeste o verbo edificante

Que nos induz

A prática do bem,

Nunca me deixes formular palavra,

Capaz de condenar ou de ferir alguém.


Tu que me desvendaste

O sublime valor da provação,

Que a Lei de Causa e Efeito determina,

Não me faças entregue à queixa e ao desencanto,

Em que eu possa esquecer a Justiça Divina.


Tu que me conferiste o privilégio

E a bênção do serviço,

Como ensejo celeste e dom perfeito,

Não permitas que eu viva sem trabalho,

Desfrutando o descanso sem proveito.


Naquilo que eu deseje

E naquilo que eu sinta, pense, diga ou faça,

Contrariamente à Eterna Lei do Amor,

Em tudo quanto eu queira sem que o queiras,

Não me aproves, Senhor!…



Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da .


Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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