Antologia dos Imortais
Versão para cópiaMissiva ao companheiro
Toda vitória insensata, Além, na Luz Infinita, Tem gosto de patarata Que não sofre contradita. O orgulho é a velha bravata Que a morte desfaz sem grita, Deixando mofo e sucata, Revolta, choro, desdita… Somente a vida correta, Guardando Jesus por meta, Faz a estrada livre e enxuta. Se não queres a derrota Da ilusão que abraça e enxota, Trabalha, edifica e luta. |
ALFREDO José dos Santos NORA — Após estudar Engenharia até o 4° ano do curso, Alfredo Nora abraçou a carreira de funcionário da Central do Brasil. Poeta e jornalista brilhante, colaborou em várias revistas e jornais. “Conquanto fosse um poeta essencialmente lírico,” — escreveu seu amigo Jorge Azevedo (Estado de Minas de 24-9-1
961) — “possuía, sempre afiado, o estilete da sátira. E, nos seus momentos de euforia espiritual, gostava de perfilar a família em versos leves e humorísticos. E gostava, também, e muito, de escrever a amigos cartas em versos.” (Município de Piraí, Estado do Rio, 18 de Novembro de 1881 — Desencarnou em 13 de Novembro de 1948.)
: Ei-lo… o Espírito… — “um pronome pessoal ou o demonstrativo átono o, explicados em seguida por uma espécie de aposto:
“Os homens não são dignos nem de ouvi-las,
As queixas do infeliz”
(Garrett, Camões, c. III, XXI, in Sousa da Silveira, L.: 278.)
O poeta refere-se à palavra do doutrinador.
(Psicografia de Francisco C. Xavier)
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