Antologia dos Imortais

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Capítulo XXIII

B. Lopes

Nas grimpas do pé de amora

O vento leve balança

E tala a flor terna e mansa

Que voa caminho afora. 18


Um petiz vem vindo agora

— Doce mimo de criança —, 20

Quer reter a flor que dança,

Mas tropeça, cai e chora…


Nas lindas cores da tela

A Natureza revela

A vida de muita gente…


Em busca da fantasia,

Perdemos toda a alegria,

A lutar penosamente.


B. LOPES (Bernardino da Costa Lopes) — Jornalista e poeta de mérito. Classificou-o João Ribeiro como sendo um dos maiores poetas de sua geração. Mestre do gênero descritivo entre nós, “B. Lopes é” — no dizer de C. Chiacchio, , pág. 62 — “a poesia sem metafísicas complicadas, nem filosofias tétricas. Simples poeta de poesia simples”. (Boa Esperança, atual Imbiara, Município de Rio Bonito; Est. do Rio, 19 de Janeiro de 1859 — Rio de Janeiro, Gb, 18 de Setembro de 1916.)

BIBLIOGRAFIA: ; ; ; ; etc.


. Ler com diérese: vo-a e cri-an-ça.

Cf. “Cromos” — IV —, 11º verso: “Dis/se/me o/ Ti/o/ Sim/plí/cio”; 12º verso: “E a/ bo/a/ do/na/ da/ ca/sa” (apud Rot. II, pág. 600); “Quadro”, 1º verso: “Ca/í/ra o/ sol/ no ho/ri/zon/te”. A propósito de voa, do mesmo sonetilho, observe-se o 8º verso: “Vo/am/ as/ a/ves/ ao/ mon/te”. Ainda, o 11º e o 13º versos: “U/ma/ to/a/da/ dis/tan/te”; “Es/tá/ um/ ho/mem/ na/ por/ta” (ap. E, Werneck, Antol. Bras., pág. 498).



Ler Na / á/ gua, com hiato.

Observe-se a metáfora.


(Psicografia de Waldo Vieira)



Francisco Cândido Xavier


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