Antologia dos Imortais

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Capítulo XLIII

Afonso Celso


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Além, a luz do espaço se esfacela

Em explosões de sons e cores raras,

Tecendo o amor e a glória nas searas

Da vida universal sublime, bela…


Brilham, depois do azul que o céu revela,

Astros em bando, iguais longas aparas

De altas constelações, em formas claras:

Sóis pendendo de vasta passarela…


O homem fita espantado as nebulosas

Bailando em formações maravilhosas,

E vê-se um verme à frente do Destino…


Ante o excelso esplendor finda-se o engano.

Como se faz pequeno o orgulho humano!

Como se torna imenso o Amor Divino!


AFONSO CELSO de Assis Figueiredo Júnior — Poeta, romancista, historiador, jornalista, dramaturgo e orador consumado. Doutorou-se Afonso Celso na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1881. Professor e diretor da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Reitor da Universidade do Brasil. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira n° 36. Pertencia à Academia das Ciências de Lisboa. Colaborou em muitos jornais e revistas de S. Paulo e do Rio, principalmente no desta última cidade. Veio a ser presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Possuía numerosos títulos honoríficos. Foi um dos primeiros esperantistas no Brasil. A sua musa era natural e espontânea, clara e simples. Rodrigo Octávio Filho, à beira do túmulo do grande brasileiro, afirmou: “Afonso Celso foi poeta, e emocionou. Foi mestre, e ensinou. Foi patriota, e pregou.” (, pág. 35.) (Ouro Preto, Minas Gerais, 31 de Março de 1860 — Rio de Janeiro, Gb, 11 de Julho de 1938.)

BIBLIOGRAFIA: ; ; ; etc.



Observe-se a aliteração em s.

Antítese.


(Psicografia de Waldo Vieira)



Francisco Cândido Xavier


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