Assembléia de Luz

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Capítulo XXI

Ouro


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Todo o ouro dos bancos

Pode nutrir, um dia, a bênção do trabalho…


Todo o ouro guardado

Nos altares dos templos

É riqueza da fé

Que o tempo transfigura.


Todo o ouro das joias

Que esplende nos salões

É láurea passageira

Em louvor à ilusão.


O ouro dos museus,

A derramar-se, estanque,

É ornato da morte

Para a festa da cinza.


Todo o ouro das minas

É promessa de pão,

E o ouro da moeda

Que auxilia e circula

É sangue do progresso.


Mas apenas o ouro

Que gastas apagando

As aflições dos outros,

Acendendo sorrisos

Em máscaras de pranto,

É o ouro da alegria

Nos tesouros de amor

Que acumulas no Céu.




Esta poesia, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 13ª lição da 1ª Parte do livro “”



Rodrigues de Abreu
Francisco Cândido Xavier


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