CAPÍTULO X

Gênese Orgânica [1]

Escala dos seres orgânicos
• Item 24 •
Não há delimitação nitidamente marcada entre os reinos vegetal e animal. Nas fronteiras dos dois reinos estão os zoófitos ou animais plantas, cujo nome indica que eles participam de um e outro, servindo-lhes de traço de união.
Como os animais, as plantas nascem, vivem, crescem, nutrem-se, respiram, reproduzem-se e morrem. Como aqueles, elas precisam de luz, de calor e de água; estiolam-se e morrem, caso lhes faltem esses elementos. A absorção de um ar viciado e de substâncias deletérias as envenena. Têm como caráter distintivo mais acentuado o fato de se conservarem presas ao solo e tirarem dele a nutrição, sem se deslocarem.
O zoófito tem a aparência exterior da planta. Como planta, mantém-se preso ao solo; como animal, a vida nele se acha mais acentuada; tira a sua alimentação do meio ambiente.
Um degrau acima, o animal é livre e já procura o seu alimento. Em primeiro lugar vêm as inúmeras variedades de pólipos, de corpos gelatinosos, sem órgãos bem definidos, só diferindo das plantas pela faculdade de locomoção; seguem-se, na ordem do desenvolvimento dos órgãos, da atividade vital e do instinto, os helmintos ou vermes intestinais; os moluscos, animais carnudos sem ossos, alguns deles nus, como as lesmas, os polvos, outros providos de conchas, como o caracol, a ostra; os crustáceos, cuja pele é revestida de uma crosta dura, como o caranguejo, a lagosta; os insetos, aos quais a vida assume prodigiosa atividade e se manifesta o instinto engenhoso, como a formiga, a abelha, a aranha. Alguns sofrem metamorfose, como a lagarta, que se transforma em elegante borboleta. Vem depois a ordem dos vertebrados, animais de esqueleto ósseo, que compreende os peixes, os répteis, os pássaros e, por fim, os mamíferos, cuja organização é a mais completa.


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