CAPÍTULO XI

Gênese Espiritual[1]

Encarnação dos Espíritos
• Item 18 •
Quando um Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vital-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo que se forma. É por isso que se diz que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, a união é completa e então nasce o ser para a vida exterior.
Por um efeito contrário, esta união do perispírito e da matéria carnal, que se efetuara sob a influência do princípio vital do gérmen, cessa desde que esse princípio deixa de atuar, em consequência da desagregação do corpo. Mantida até então por uma força atuante, tal união se desfaz logo que essa força deixa de atuar. Então o perispírito se desprende, molécula a molécula, conforme se unira, e o Espírito é restituído à liberdade. Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte do corpo; esta é que determina a partida do Espírito.
Considerando-se que, um instante após a morte, a integridade do Espírito é completa; que suas faculdades adquirem até maior poder de penetração, ao passo que o princípio de vida se acha extinto no corpo, fica provado, sem margem de dúvida, que o princípio vital e o princípio espiritual são duas coisas distintas.


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