CAPÍTULO XI

Gênese Espiritual[1]

Encarnação dos Espíritos
• Item 32 •
O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana. Como era natural, as raças mais inteligentes adiantaram-se às outras, mesmo sem levar em conta que muitos Espíritos recém-nascidos para a vida espiritual, vindo encarnar na Terra juntamente com os primeiros aí chegados, tornaram ainda mais sensível a diferença em matéria de progresso. Seria impossível, com efeito, atribuir-se a mesma ancianidade de criação aos selvagens, que mal se distinguem do macaco, e aos chineses, nem, ainda menos, aos europeus civilizados.
Entretanto, os Espíritos dos selvagens também fazem parte da Humanidade e um dia alcançarão o nível em que se acham os seus irmãos mais velhos. Mas, sem dúvida, não será em corpos da mesma raça física, impróprios a um certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento já não estiver em correspondência com o seu desenvolvimento, os Espíritos emigrarão daquele meio, para encarnar em outro mais elevado e assim por diante, até que tenham conquistado todas as graduações terrestres, após o que deixarão a Terra, para passar a mundos cada vez mais avançados. (Revista Espírita, abril de 1862: “Perfectibilidade da raça negra”.) [4]


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