CAPÍTULO XIII

Características dos Milagres

O Espiritismo não faz milagres
• Item 12 •
Na maior parte das vezes os fenômenos espíritas são espontâneos e se produzem sem nenhuma ideia preconcebida da parte das pessoas com que eles se dão e que, em regra, são as que neles menos pensam. Existem alguns que, em certas circunstâncias, podem ser provocados pelos agentes denominados médiuns. No primeiro caso, o médium é inconsciente do que se produz por seu intermédio; no segundo, age com conhecimento de causa, de que resulta a classificação de médiuns conscientes e médiuns inconscientes. Estes últimos são os mais numerosos e se encontram com frequência entre os mais obstinados incrédulos que, assim, praticam o Espiritismo sem o saberem, nem quererem. Por isso mesmo, os fenômenos espontâneos têm capital importância, visto não se poder suspeitar da boa-fé dos que os obtêm. Dá-se aqui o que se dá com o sonambulismo que, em certos indivíduos, é natural e involuntário, enquanto em outros é provocado pela ação magnética. [1]
Quer esses fenômenos resultem ou não de um ato da vontade, a causa primeira é exatamente a mesma e em nada se afasta das leis naturais. Os médiuns, portanto, não produzem coisa alguma de sobrenatural; por conseguinte, não fazem nenhum milagre. As próprias curas instantâneas não são mais milagrosas do que os outros efeitos, já que resultam da ação de um agente fluídico, que desempenha o papel de agente terapêutico, cujas propriedades não deixam de ser naturais por terem sido ignoradas até agora. O epíteto de taumaturgos, dado a certos médiuns pela crítica ignorante dos princípios do Espiritismo é, pois, totalmente impróprio. A qualificação de milagres atribuída, por comparação, a esta espécie de fenômenos, somente pode induzir em erro sobre o verdadeiro caráter deles.


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