CAPÍTULO XIV

Os Fluidos

Elementos fluídicos
• Item 5 •
O ponto de partida do fluido universal é o grau de pureza absoluta, da qual nada nos pode dar ideia; o ponto oposto é a sua transformação em matéria tangível. Entre esses dois extremos, dão-se inúmeras transformações, mais ou menos aproximadas de um e de outro. Os fluidos mais próximos da materialidade, os menos puros, conseguintemente, compõem o que se pode chamar a atmosfera espiritual da Terra. É desse meio, onde igualmente vários são os graus de pureza, que os Espíritos encarnados e desencarnados deste planeta haurem os elementos necessários à economia de suas existências. Por mais sutis e impalpáveis que nos pareçam, esses fluidos não deixam por isso de ser de natureza grosseira, em comparação com os fluidos etéreos das regiões superiores.
O mesmo se dá na superfície de todos os mundos, salvo as diferenças de constituição e as condições de vitalidade próprias de cada um. Quanto menos material é a vida neles, tanto menos afinidade têm os fluidos espirituais com a matéria propriamente dita.
A qualificação de fluidos espirituais não é rigorosamente exata, já que, em última análise, eles são sempre matéria mais ou menos quintessenciada. De realmente espiritual, só mesmo a alma ou princípio inteligente. Dá-se-lhes essa denominação por comparação apenas e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espíritos. Pode-se dizer que são a matéria do mundo espiritual, razão por que são chamados fluidos espirituais.


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