CAPÍTULO XIV

Os Fluidos

Vista espiritual ou psíquica. Dupla vista. [4] Sonambulismo. Sonhos
• Item 27 •
Nos Espíritos encarnados, a vista espiritual é necessariamente incompleta e imperfeita e, por conseguinte, sujeita a aberrações. Tendo por sede a própria alma, o estado desta há de influir nas percepções que aquela vista faculte. Conforme o grau de desenvolvimento, as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, ela pode dar, quer durante o sono, quer no estado de vigília: 1º a percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de alguns eventos que se passam a grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma doença e os remédios adequados para o seu tratamento; 2º a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos Espíritos; 3º imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações fluídicas do pensamento. (Veja-se, acima, o item 14.) Estas criações se acham sempre em relação com as disposições morais do Espírito que as gera. É assim que o pensamento de pessoas fortemente imbuídas de certas crenças religiosas e com elas preocupadas lhes apresenta o inferno, suas fornalhas, suas torturas e seus demônios, tais quais essas pessoas os imaginam. Às vezes, é toda uma epopeia. Os pagãos viam o Olimpo e o Tártaro, como os cristãos veem o inferno e o paraíso. Se, ao despertarem ou saírem do êxtase, conservam lembrança exata de suas visões, tais pessoas as tomam como realidades confirmativas de suas crenças, quando tudo não passa de produto de seus próprios pensamentos. [7] É preciso, pois, que se faça uma distinção muito rigorosa nas visões extáticas, antes de se dar crédito a elas. A tal propósito, o remédio para a excessiva credulidade é o estudo das leis que regem o mundo espiritual.


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