CAPÍTULO XIV

Os Fluidos

Obsessões e possessões
• Item 49 •
Na maioria das vezes, a obsessão e a possessão são individuais, mas, não raro, são epidêmicas. Quando uma revoada de Espíritos maus se lança sobre uma localidade, é como se uma tropa de inimigos a invadisse. Nesse caso, o número dos indivíduos atacados pode ser bastante considerável. [24]

[1]N. de A. K.: A denominação de fenômeno psíquico exprime com mais exatidão o pensamento do que a de fenômeno espiritual, considerando-se que esses fenômenos repousam sobre as propriedades e os atributos da alma, ou melhor, dos fluidos perispiríticos, inseparáveis da alma. Esta qualificação os liga mais intimamente à ordem dos fatos naturais regidos por leis; pode-se, pois, admiti-los como efeitos psíquicos, sem os admitir a título de milagres.

[2]N. de A. K.: Exemplos de Espíritos que ainda julgam pertencer a este mundo: Revista Espírita, dezembro de 1859; novembro de 1864; abril de 1865.

[3]N. de A. K.: Veja-se a Revista Espírita, julho de 1859; e O Livro dos Médiuns, Segunda parte, cap. VIII.

[4] N. de T.: Também chamada de segunda vista.

[5]N. de A. K.: Fatos de dupla vista e lucidez sonambúlica relatados na Revista Espírita: janeiro e novembro de 1858; julho de 1861; novembro de 1865.

[6]N. de A. K.: Exemplos de letargia e de catalepsia: Revista Espírita: “Sra. Schwabenhaus”, setembro de 1858; “A jovem cataléptica da Suábia”, janeiro de 1866.

[7]N. de A. K.: É assim que se podem explicar as visões da irmã Elmerich que, reportando-se ao tempo da paixão do Cristo, diz ter visto coisas materiais que nunca existiram, a não ser nos livros que ela leu; as da Sra. Cantianille B... (Revista Espírita, agosto de 1866), e uma parte das visões de Swedenborg.

[8]N. de A. K.: Veja-se, mais adiante, o cap. XVI, “Teoria da Presciência”, itens 1 a 3.

[9]N. de A. K.: Revista Espírita, junho e setembro de 1866; O Livro dos Espíritos, questão 400.

[10]N. de A. K.: Exemplos: Revista Espírita, “Sr. Cardon, médico”, agosto de 1863; “Uma ressurreição” (A mulher corsa), maio de 1866.

[11]N. de A. K.: Exemplos: Revista Espírita, fevereiro de 1863; abril e setembro de 1865.

[12]N. de A. K.: Exemplos de curas instantâneas relatadas na Revista Espírita: “O príncipe de Hohenlohe, médium curador”, dezembro de 1866; sobre as curas do Sr. Jacob, outubro e novembro de 1866 e de 1867; “Simonet, médium curador de Bordeaux”, agosto de 1867; “O alcaide Hassan, ou a bênção do sangue,” outubro de 1867; “O cura Gassner, médium curador”, novembro de 1867.

[13]N. de A. K.: O Livro dos Médiuns, Segunda parte, caps. VI e VII.

[14]N. da E.: As materializações prolongadas, quais as verificadas por William Crookes, não eram, então, conhecidas. Vide no livro editado pela FEB, as interessantes experiências com o Espírito Katie King.

[15]N. da E.: Segundo a Bíblia, este fato se deu na família de Tobias. (Ver O Livro de Tobias.)

[16]N. de A. K.: Exemplos de aparições vaporosas ou tangíveis e de agêneres: Revista Espírita, janeiro e outubro de 1858; janeiro, fevereiro, março, agosto e novembro de 1859; abril e maio de 1860; julho de 1861; abril de 1866; “O lavrador Thomas Martin e Luís XVIII”, detalhes completos, dezembro de 1866.

[17]N. de A. K.: Exemplos de aparições de pessoas vivas: Revista Espírita, dezembro de 1858; fevereiro e agosto de 1859; novembro de 1860.

[18]N. de A. K.: Só com extrema reserva se devem acolher as narrativas de aparições puramente individuais que, em certos casos, poderiam não passar de efeito de uma imaginação superexcitada e, talvez, de uma invenção com fins interesseiros. Convém, pois, levar em conta, muito escrupulosamente, as circunstâncias, a honradez da pessoa, assim como o interesse que ela possa ter em abusar da credulidade de indivíduos excessivamente confiantes.

[19]N. de A. K.: Exemplo e teoria da transfiguração: Revista Espírita, março de 1859. (O Livro dos Médiuns, Segunda parte, cap. VII.)

[20]N. de A. K.: Tal o princípio dos fenômenos de transporte, fenômeno este muito real, mas que não convém admitir senão com extrema reserva, visto ser um daqueles que mais se prestam à imitação e à trapaça. A honradez irrecusável da pessoa que os obtém, seu absoluto desinteresse, material e moral, e o concurso das circunstâncias acessórias devem ser tomados em séria consideração. É preciso desconfiar da produção de tais efeitos, principalmente quando eles se deem com excessiva facilidade, e ter por suspeitos os que se repetem com extrema frequência e, por assim dizer, à vontade. Os prestidigitadores fazem coisas mais extraordinárias ainda.
O levantamento de uma pessoa não é um fato menos positivo, mas muito mais raro, talvez porque seja muito mais difícil de ser imitado. É notório que o Sr. Home se elevou mais de uma vez até o teto, dando assim volta à sala. Dizem que São Cupertino possuía a mesma faculdade, fato que não é mais miraculoso com este do que com aquele.

[21]N. de A. K.: Exemplos de manifestações materiais e de perturbações operadas pelos Espíritos: Revista Espírita, “Manifestações físicas” (A moça dos panoramas), janeiro de 1858; “O fantasma da Senhorita Clairon”, fevereiro de 1858; “O Espírito batedor de Bergzabern”, narração completa, maio, junho e julho de 1858; “O Espírito batedor de Dibbelsdorf”, agosto de 1858; “O padeiro de Dieppe”, março de 1860; “O fabricante de São Petersburgo”, abril de 1860; “O trapeiro da Rua des Noyers”, agosto de 1860; “O Espírito batedor do Aube”, janeiro de 1861; “Um Espírito batedor no século XVI”, janeiro de 1864; “Manifestações de Poitiers”, maio de 1864 e maio de 1865; “O Espírito batedor da irmã Maria”, junho de 1864; “Manifestações espontâneas de Marselha”, abril de 1865; “Manifestações de Fives, perto de Lille (Norte)”, agosto de 1865; “Os ratos de Équihen”, fevereiro de 1866.

[22]N. de A. K.: A aptidão que algumas pessoas denotam para línguas que elas manejam, sem, por assim dizer, as haver aprendido, não tem como origem senão a lembrança intuitiva do que souberam em outra existência. O caso do poeta Méry, relatado na Revista Espírita de novembro de 1864, é uma prova do que dizemos. É evidente que, se na sua mocidade, Méry fosse médium, teria escrito em latim tão facilmente como em francês, o que, para todos, teria passado por prodígio.

[23]N. de A. K.: Exemplos de cura de obsessões e de possessões: Revista Espírita – dezembro de 1863; janeiro e junho de 1864; janeiro e junho de 1865; fevereiro de 1866; junho de 1867.

[24]N. de A. K.: Foi uma epidemia desse gênero que, faz alguns anos, atacou a aldeia de Morzine, na Saboia. (Veja-se o relato completo dessa epidemia na Revista Espírita de dezembro de 1862; janeiro, fevereiro, abril e maio de 1863.)


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