CAPÍTULO II

Deus

A natureza divina
• Item 19 •
Deus é, pois, a inteligência suprema e soberana, é único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições, e não poderia ser outra coisa.
Tal o eixo sobre o qual repousa o edifício universal, o farol cujos raios se estendem sobre o Universo inteiro, única luz capaz de guiar o homem na pesquisa da verdade. Orientando-se por essa luz, ele nunca se transviará. Se, portanto, o homem tem errado tantas vezes, é unicamente por não ter seguido o roteiro que lhe estava indicado.
Tal também o critério infalível de todas as doutrinas filosóficas e religiosas. Para apreciá-las, o homem dispõe de uma medida rigorosamente exata nos atributos de Deus e pode afirmar com certeza que toda teoria, todo princípio, todo dogma, toda crença, toda prática que estiver em contradição com um só que seja desses atributos, que tenda não só a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, não pode estar com a verdade.
Em filosofia, psicologia, moral e religião só há de verdadeiro o que não se afaste nem um milímetro das qualidades essenciais da Divindade. A religião perfeita será aquela em que nenhum artigo de fé esteja em oposição com aquelas qualidades; aquela cujos dogmas suportem a prova desse controle sem nada sofrerem.


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