A Gênese
Versão para cópiaCAPÍTULO IV
O Papel da Ciência na Gênese
• Item 8 •
Mas, objetam, se a Bíblia é uma revelação divina, então Deus se enganou. Se não é uma revelação divina, deixa de ter autoridade e a religião desmorona, por falta de base. Ora, de duas coisas uma: ou a Ciência está em erro ou tem razão. Se tem razão, não pode fazer seja verdadeira uma opinião que lhe é contrária. Não há revelação que se possa sobrepor à autoridade dos fatos.
Incontestavelmente, não é possível que Deus, sendo todo verdade, induza os homens em erro, nem consciente, nem inconscientemente, sem o que não seria Deus. Logo, se os fatos contradizem as palavras que lhe são atribuídas, o que se deve logicamente concluir é que Ele não as pronunciou, ou que tais palavras foram entendidas em sentido oposto ao que lhes é próprio.
Se, com semelhantes contradições, a religião sofre dano, a culpa não é da Ciência, que não pode fazer que o que é deixe de ser, mas dos homens, por haverem, prematuramente, estabelecido dogmas absolutos, dos quais fizeram questão de vida ou de morte, sobre hipóteses suscetíveis de serem desmentidas pela experiência.
Há coisas com cujo sacrifício temos de resignar-nos, queiramos ou não, quando não consigamos evitá-lo. Desde que o mundo marcha, sem que a vontade de alguns possa detê-lo, o mais sensato é que o acompanhemos e nos acomodemos com o novo estado de coisas, em vez de nos agarrarmos ao passado, com o risco de sermos arrastados na queda.
Incontestavelmente, não é possível que Deus, sendo todo verdade, induza os homens em erro, nem consciente, nem inconscientemente, sem o que não seria Deus. Logo, se os fatos contradizem as palavras que lhe são atribuídas, o que se deve logicamente concluir é que Ele não as pronunciou, ou que tais palavras foram entendidas em sentido oposto ao que lhes é próprio.
Se, com semelhantes contradições, a religião sofre dano, a culpa não é da Ciência, que não pode fazer que o que é deixe de ser, mas dos homens, por haverem, prematuramente, estabelecido dogmas absolutos, dos quais fizeram questão de vida ou de morte, sobre hipóteses suscetíveis de serem desmentidas pela experiência.
Há coisas com cujo sacrifício temos de resignar-nos, queiramos ou não, quando não consigamos evitá-lo. Desde que o mundo marcha, sem que a vontade de alguns possa detê-lo, o mais sensato é que o acompanhemos e nos acomodemos com o novo estado de coisas, em vez de nos agarrarmos ao passado, com o risco de sermos arrastados na queda.
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