CAPÍTULO IX

Revoluções do Globo

Idade das montanhas
• Item 3 •
Examinando-se os terrenos dilacerados pelo erguimento das montanhas e das camadas que formam os seus contrafortes, é possível determinar-lhes a idade geológica. Por idade geológica das montanhas não se deve entender o número de anos de sua existência, mas o período em que se formaram e, por conseguinte, sua ancianidade relativa. Seria errôneo acreditar-se que semelhante ancianidade corresponde à elevação que lhes é própria, ou à natureza exclusivamente granítica que revelem, uma vez que a massa de granito, ao dar-se o seu levantamento, pode ter perfurado e separado as camadas superpostas.
Comprovou-se assim, por meio da observação, que as montanhas dos 5osges, da Bretanha e da Côte-d’Or, na França, que não são muito elevadas, pertencem às mais antigas formações. Datam do período de transição, sendo anteriores aos depósitos de hulha. O Jura se formou na metade do período secundário; é, pois, contemporâneo dos répteis gigantes. Os Pirineus se formaram mais tarde, no começo do período terciário. O Monte Branco e o grupo dos Alpes ocidentais são posteriores aos Pirineus e datam da metade do período terciário. Os Alpes orientais, que compreendem as montanhas do Tirol, são ainda mais recentes, pois só se formaram pelos fins desse mesmo período. Algumas montanhas da Ásia são mesmo posteriores ao período diluviano ou lhe são contemporâneas.
Esses levantamentos devem ter ocasionado grandes perturbações locais e inundações mais ou menos consideráveis, pelo deslocamento das águas, pela interrupção e mudança do curso dos rios. [1]


Acima, está sendo listado apenas o item 3 do capítulo 9.
Para visualizar o capítulo 9 completo, clique no botão abaixo:

Ver 9 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?