Bastão de Arrimo

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Capítulo VI

Gratidão

“Meu agradecimento e amor de filho lhe vertem no cálice do coração o orvalho dos afetos que nem a morte poderá destruir.”


Minha querida mamãe. Deus conceda ao seu coração todas as luzes do amor e da paz.

Valho-me desta hora para trazer a sua alma o meu coração reconhecido de todos os instantes.

Não se sinta desamparada nestes dias em que a incompreensão lhe rodeia o espírito nas lutas em casa.

Lembre-se que eu estou vivo para compreendê-la e estimá-la cada vez mais. Julgo hoje que existem túmulos na natureza criados por Deus, estes são de carne. Sei agora quanto devemos ao templo do corpo, entretanto, é muito impróprio chamar por mortos aos que, como eu, se transportaram para a vida verdadeira.

Não, mamãe, não se desanime assim. O espírito de mãe sofre sempre, bem sei, mas procure repartir com Jesus as suas mágoas, porque Ele nos chama ao seu coração toda a vez que as lágrimas nos umedecem os olhos. As meninas têm suas lutas e provas também, qual acontece com a senhora e comigo mesmo. É necessário entender isto, ajudá-las como nos seja possível e caminhar para o futuro.

Aí na Terra, mamãe, tudo é figuração passageira. É a escola onde nos preparamos para Cá.

Nunca receberemos trabalho de elevação espiritual sem boas notas do aprendizado humano.

Estou a seu lado. Não esmoreça. Nosso alfabeto é da solidão espiritual; nosso giz, por vezes, é feito de pranto.

Mas como não ser assim se é preciso lavar a nossa Veste Espiritual para a Vida Eterna?

Não se sinta só.

Meu agradecimento e amor de filho lhe vertem no cálice do coração o orvalho dos afetos que nem a morte poderá destruir.

Coragem e fé! Jesus não nos abandonará ao longo das purificações amargas, por mais ásperas que sejam.

Compreendo como têm agravado os seus sofrimentos morais, mas faça o possível por manter os próprios pensamentos na bondade de Deus, esquecendo os obstáculos transitórios do mundo.

Aos Nossos, minha esperança de crescermos todos, um dia, para a grande compreensão, e para a sua alma generosa, guarde a saudade e a gratidão do filho que não a esquece,




Mensagem psicografada em Pedro Leopoldo no ano de 1945.


Clara alusão de William à passagem evangélica constante em Mt 8:22, na qual Nosso Mestre Jesus nos diz: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus próprios mortos.” (Ver O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec, .)



William
Francisco Cândido Xavier


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Mateus 8:22

Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.

mt 8:22
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