Bezerra, Chico e Você

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Capítulo XVII

Em louvor da verdade


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Relevai-nos a sugestão de trabalho, embora rogueis a luz sem esforço.

O Espiritismo que indaga simplesmente deu lugar, há muito tempo, ao Espiritismo que estende os braços.


Atravessais verdadeira floresta, onde os caminhos de volta ao campo da luz divina parecem intransitáveis.

Pensamentos de egoísmo, de incompreensão, de discórdia, vaidade e orgulho se entrechocam, à maneira de projéteis invisíveis ao redor de vossa personalidade, e se faz imperiosa a coragem para que os óbices multiplicados não nos vençam os labores recíprocos.


Efetivamente, a vossa procura é nobre e edificante.

Bem-aventurados aqueles que demandam a verdade e que anseiam por passagem libertadora no rumo da claridade eterna!


Não comeceis o empreendimento da própria iluminação, ao modo de um homem que iniciasse a construção de uma casa pelo teto.


Soletrai, antes de tudo, o alfabeto da bondade.

Sem as primeiras letras do amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.


É indispensável abrir o coração, vaso destinado às sementes do Céu, convertendo-nos em instrumentos do bem ativo e incessante.


Não iluminaremos a mente sem purificar os olhos, tanto quanto ninguém alcança o discipulado do Senhor, sem mobilizar as mãos na obra redentora da Terra.


Encetemos a reestruturação dos próprios destinos, compreendendo-nos mutuamente.


Que lição recolheremos na visita de benfeitores que residem à distância, se não aprendemos a fraternidade primária com o próximo?


Ouçamos a mensagem das necessidades que nos cercam. Há dor e ignorância, treva e indiferença, na estrada em que pisais; estendamos, através delas, o nosso sentimento cristão, imitando o lavrador que não desampara a terra lodosa do charco.


Não esperemos o paraíso, quando ainda nem mesmo auxiliamos no trato do chão em que operamos.


Espíritos endividados, perante a Bondade Divina que nos deu ouvidos para registrar os ensinamentos da vida, olhos para surpreender a luz, braços para erguer o castelo de nossa própria felicidade e recursos imensos para dilatarmos o nosso próprio engrandecimento espiritual, guardemos a fé, servindo e auxiliando, corrigindo a nós mesmos e amando a todos, em louvor da verdade.

Nossa vida é um campo aberto.

Nosso coração é uma fonte.

Cada um de nossos atos é mensagem viva.

Que nossa alma se afeiçoe ao bem supremo, sob a inspiração de Jesus, a fim de que o mundo se transforme em Seu Reino.



De mensagem recebida em 1950.



Bezerra
Francisco Cândido Xavier


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