Caminhos de Volta

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Capítulo XII

Problemas inquietantes


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Antes de nossa reunião habitual, vários companheiros de ideal espírita, notadamente pais e mães, debatiam assuntos alusivos às inquietações sexuais da atualidade. Falavam da necessidade de chegarmos, todos nós, a uma posição de equilíbrio, na qual o problema em causa não seja portador de perturbações. Depois da prece habitual para o início das tarefas, O Livro dos Espíritos () nos ofereceu a exame a questão número 200, relativa ao assunto. Após a explanação de amigos participantes, o nosso caro Emmanuel nos deu a página “Diálogo e Sexo”.


DIÁLOGO E SEXO

Justo prosseguirmos colaborando nos empreendimentos que visem a preservar o equilíbrio no relacionamento sexual. Liberdade sem compromisso impele a desregramento e desregramento gera destruição.

Entretanto, é preciso acreditar no poder da compreensão e da tolerância, a fim de que venhamos a auxiliar aos nossos companheiros de caminhada evolutiva, através do diálogo fraterno, capaz de banir a condenação dos nossos processos de vivência.

Muito fácil observar negativamente o comportamento alheio, quando esse comportamento deixa a desejar.

Antes, porém, de estabelecer a censura ao redor de alguém, determina a justiça indaguemos de nós próprios o que teremos feito a fim de amparar esse alguém, para que não caísse ou se transviasse.

Diante de pessoas queridas que te surjam trazendo problemas afetivos, arma-te de paciência e de entendimento, de modo a socorrê-las sem azedume ou reprovação.

Importa considerar que os erros dos outros poderiam ser nossos, reconhecendo-se que ainda não possuímos natureza de ordem superior;

que provavelmente amanhã seremos defrontados pelas situações difíceis em que amigos nossos se emaranharam;

que ignoramos, de todo, se nos alcançarão em breve as afeições de existências pretéritas, a fim de nos examinarem a capacidade de amar em nível superior;

e desconhecemos se pessoas amadas, de futuro, estarão envolvidas em questões sentimentais, dependendo ainda de nosso concurso para se garantirem na precisa sustentação.


Por tudo isso, e muito mais, isto é, em razão dos ditames da lei de amor que nos traça a obrigação do acatamento e do amparo mútuos em nossas dificuldades, compadece-te mais intensamente do próximo, quando o próximo te procure demonstrando questões do sexo doente ou menos feliz. E convence-te de que, por enquanto, não será unicamente enviando os seres queridos a instruções, fora de teu ambiente particular, que lhes solucionarás os problemas.

Ante as inquietações afetivas, naqueles que te compõem a equipe familiar, enternece-te e auxilia-os, pela conversação compreensiva e fraternal de quem se coloca no lugar deles, de modo a apreender-lhes as provações e os sofrimentos.

Sem apoiar o desequilíbrio, mas sem fugir ao apreço que nos devemos uns aos outros, saibamos raciocinar com todos eles, mostrando-lhes o impositivo da disciplina a que todos somos obrigados no espaço e no tempo, se quisermos ser realmente felizes; destaquemos a dignidade do trabalho por base do respeito que nos cabe tributar à própria consciência; mostremos que a independência só existe pelo dever nobremente cumprido; e exaltemos a lealdade por fator indispensável da paz e da alegria, ante os princípios de causa e efeito que, a todo instante, nos restituem aquilo que damos de nós no campo do destino.

E, usando o diálogo amigo e edificante por terapêutica de que todos somos necessitados, compreendamos que os desajustes do sentimento, acima de tudo, unicamente desaparecem, de todo, quando tratados pelos recursos do coração.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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