Caminhos de Volta

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Capítulo VIII

Queixas de insegurança


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A nossa reunião se formava, em grande parte, de amigos procedentes de outros campos de ideias, apenas simpatizantes, em maioria, da Doutrina Espírita. E quase todos a se queixarem de insegurança. Muitos apresentavam problemas de desarmonia doméstica, desajustes psicológicos, temores e angústias. Alguns traziam familiares recentemente saídos de sanatórios e outros se mostravam em profundo desânimo, com a perda, por desencarnação, de pessoas amadas.

O Evangelho Segundo o Espiritismo () ofereceu-nos o item 13 do seu capítulo V. E depois dos comentários habituais sobre a leitura, nosso caro Emmanuel escreveu a página “Dispositivos de Segurança”.


DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Procuras segurança e paz.

Preservando, porém, o próprio equilíbrio, não deixes de auxiliar-te, proporcionando aos outros auxílio que podes doar de ti mesmo.

Nunca te admitas em tamanho cansaço que não possas trabalhar, um tanto mais, em benefício daqueles que te compartilham a vida.

Irradia compreensão e serenidade, nobres palavras e notícias edificantes.

Onde te sintas com o direito de reclamar, ao invés disso, busca extinguir os obstáculos existentes, para que os problemas e conflitos se façam diminuídos ou superados.

Se algo deves esclarecer em determinada situação nebulosa, aguarda o momento justo, em que te expliques sem o fogo da discussão.

Nas áreas de atrito, nas quais te envolvas, quanto se te faça possível, transfigura-te na escora da harmonização, imunizando a ti mesmo e aos demais contra discórdia e ressentimento.

Coloca vida e alegria nas menores manifestações, seja num simples sorriso ou num aperto de mão.

Cultiva o hábito de servir sempre, fazendo o melhor na faixa de experiência em que te vejas.

E mesmo que a desencarnação de um ente amado te ensombre o mundo íntimo, quanto puderes, converte a saudade em oração de esperança porque a dor não apenas te desgasta o coração, mas espanca igualmente a criatura querida, conduzida a outras dimensões.

Aflição habitualmente se define por excesso de carga inútil, nos mecanismos de nossas resistências, determinando o curto-circuito em nossas melhores forças.

O equilíbrio geral é a soma do esforço conjugado de quantos lhe desfrutam as vantagens e os benefícios.

Doemos a cooperação que os outros esperam de nós, na garantia do sistema de segurança e paz, em que se nos levantam os alicerces da felicidade comum e guardemos a certeza de que a nossa omissão será sempre um ponto de ruptura em nós mesmos, agravando as nossas próprias inquietações.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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