Caminhos de Volta
Versão para cópiaSegurança e paz
O comentário dominante em nossas conversações, horas antes da reunião pública, referia-se à necessidade de preservarmos a segurança como fator de paz em nossas organizações de serviço, seja em casa ou no grupo social, nas instituições ou nos lugares de ordem geral.
Tantas situações difíceis encontramos e tantos companheiros em lutas espirituais surpreendemos nas atividades do cotidiano que indagávamos qual a melhor maneira de acertar com o caminho natural para as atitudes de equilíbrio que nos competem. Conduzidos à reunião, com surpresa notamos que O Evangelho Segundo o Espiritismo () nos oferecia o item 7 do capítulo IX para estudo e interpretação. Vários amigos expressaram conclusões valiosas quanto ao texto. E, ao término dos trabalhos, o nosso caro Emmanuel escreveu a página “Paciência e Caminho”.
PACIÊNCIA E CAMINHO
Paciência é passaporte para todos aqueles que aspiram a avançar nas vias do progresso.
Quando num carro em movimento, sabes com clareza, que, em muitas ocasiões, é necessário venhas a pensar por ti e pelos outros.
Nessas circunstâncias em que o perigo se mostra à vista, tomas conselho à prudência que te sugere abertura de espaço aos que se entregam a disparada ou te lembra cuidado para que não te disponhas a podar sem consideração a frente dos companheiros.
De outras vezes, consagras-te ao exame prévio da máquina, antes de qualquer movimentação, a fim de melhorares as condições dessa ou daquela peça doente, tanto quanto te dedicas a observar mais atentamente os sinais do caminho para que não te faças indução a desastre.
O trânsito é uma escola em que sobram aulas de vigilância e compreensão, justiça e disciplina.
Anotemos as lições da estrada e procuremos transferi-las ao trânsito da vida em que todos somos chamados, nas trilhas do tempo, ao relacionamento comum.
Se esse ou aquele companheiro demonstra exagerada tensão nas atividades que lhe dizem respeito, não lhe congeles o ânimo, desfechando-lhe observações deprimentes, mas socorre-o com recursos de paz; de igual modo, não ultrapasses, sem necessidade, as posições dos irmãos em serviço, porquanto, quase sempre, com isso, nada se recolhe além de dificuldade e desilusão.
Na tarefa a que te empenhas, verifica quanto de amor e de apreço já dispensaste ao cooperador do veículo de tuas realizações para que não te falte segurança e atende à execução dos princípios que abraças, considerando o bem de todos, para que desajustes não te ameacem a obra.
Quanto mais agitação, no plano externo, mais imperiosa se faz a necessidade de calma no campo íntimo, se nos propomos superar perturbações e obstáculos.
Evitemos choques destrutivos e doemos o melhor de nós aos programas de ação que nos propomos a realizar, exercitando entendimento e tolerância, conscientes de que para coibir quaisquer calamidades, no terreno do espírito, a paciência é o preservativo ideal.
Não te detenhas a lamentar problemas e crises. Se te engajaste na causa do bem, guarda-te em serviço constante e, usando paciência e amor, certamente vencerás.
Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 38.
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