Caminhos do Amor, Os

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Capítulo XXXII

E falas-me do tempo


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E falas-me do tempo, coração,

Do tempo em que tiveste a alma ferida

Por desgostos da vida,

Quais estiletes da desilusão;

Do tempo estranho de aflição e prova

Que atravessaste em convulsões de dor,

Das horas de amargor

Que te impeliram para a estrada nova,

Na qual hoje me dizes

De quadros e lembranças infelizes…


E referes-te, ainda, aos dias do futuro,

Sementeira em que esperas

Outras maravilhosas primaveras

De beleza, de paz e de amor puro,

Do porvir em que aguardas

A luminosa companhia

Da perfeita alegria

Que surgirá, por fim, de brilhantes vanguardas…


Ouço-te o verbo lamentoso e lindo,

Enquanto vamos nós, sonhando e agindo…

Mas embora te escute com respeito,

Peço-te permissão

Para dizer-te ao pensamento irmão

Que todo tempo encerra o seu justo proveito.


E, sem qualquer prurido de ensinar,

Creio que hoje é o tempo certo

De amar e compreender, servir e desculpar,

Entre o ontem passado e o futuro encoberto;

Por isso, o melhor tempo que nos vem,

Na senda em que seguimos, vida afora,

O tempo de sorrir e de fazer o bem

Tem o nome de “agora”.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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